Seu Espírito Foi Esmagado, Mas A Cura Começa Por Onde Menos Se Espera – Melanie Clark Metzbower

Resenha do livro “The Secret Sense of Wildflower”

O espírito livre de uma garota de 13 anos foi quase esmagado por uma violação horrível, mas a cura começa por onde ela menos espera…

 

É 1941. Wildflower McAllister é uma menina de espírito livre que acaba de completar 13 anos. Embora ela tenha ficado com uma mãe amarga após o acidente fatal de seu pai, ela extrai força de sua memória. Como todas as meninas, ela sonha, ela se surpreende, ela tem segredos. Ela também tem medos, dois para ser exato: “Um é morrer jovem. O outro é Johnny Monroe.”

Wildflower tem um atalho secreto para chegar ao túmulo de seu pai, onde ela vai falar com ele e Deus. Um dia ela chega para descobrir seus medos realizados. Ali estava Johnny, e ela luta como pode, não há escapatória. Ela é atacada e forçada a crescer muito cedo.

Maltratada, machucada e deixada por morta, ela finalmente foi encontrada por sua família que promete trazer seu agressor à justiça. Ela se sente quebrada, cada última parte dela. Sua mãe a culpa injustamente. Sua comunidade a evita. Parece que Deus a abandonou também.

Então, o impensável – ela encontra-se grávida por seu agressor.

Ela não queria ser estuprada – ela não queria engravidar. Mas ela sabia sem dúvida alguma que seu bebê não merecia morrer pelos pecados de seu pai. E aquela força, aquela determinação, aquele bebê, a libertou novamente.

Dizer que eu fui renovada por este livro é um eufemismo. Em uma sociedade que glorifica o egoísmo, este livro proclamado como “Melhor Livro de 2012” pela revista Kikus celebra algo completamente diferente. Encontrando-me surpresa ao ler: Certamente ela vai fugir… Certamente ela não vai estar grávida… Certamente ela vai perder o bebê, ou será abortado, ou pelo menos, dar à adoção? Ela não exigiria maternar a criança, sendo ela mesma apenas uma criança? Você pode apostar que ela fez.

Através dos olhos de uma menina de 13 anos de idade, temos um vislumbre do mundo de uma mãe de um estupro. Sua força e seu compromisso com seu filho são inspiradores:

A mãe de Wildflower, juntamente com o médico local, a pressionaram para fazer um aborto, e Wildflower responde “condenando os dois na própria cara.”

“Se existe um bebê dentro de mim, eu quero mantê-lo seguro, mesmo que uma parte de mim o odeie só por existir.”

“… Eu decidi não culpar o bebê por estar lá. Assim como eu, o bebê não tinha escolha no assunto.”

“Por mais que eu quisesse que isso jamais tivesse acontecido, eu não posso esperar que esse bebê desapareça. Seria como tentar fazer desaparecer o rio diante de nós.” – Poderia haver uma observação mais profunda?

Em um momento de misericórdia, ela até sente compaixão por seu agressor – ao saber que ele foi criado por uma mãe que nunca o amou, e mais tarde o abandonou.

Vivemos num mundo onde a independência e a auto-realização devem ser alcançadas a todo custo; onde as gravidezes só contêm “bebês” se for:

– Planejado

– Querido

– Sem qualquer possibilidade de defeito (determinado no teste pré-natal)

– Concebido no amor por dois adultos que aprovam (ou, com partes doadas pelos pais A e pai B, misturados e implantados no pai C, a serem criados pelos pais D e E)

Se algum desses fatores está faltando, a sociedade nos diz que a gravidez é simplesmente um aglomerado de células, definido apenas pelos sentimentos da mãe; descartável; aceitável ser destruído. E se essa gravidez veio por meio de estupro? Mesmo na comunidade pró-vida, muitos se afastam de suas convicções, consciência e verdades científicas para permitir que a criança seja morta.

Para mim, ser pró-vida nunca foi uma questão – é onde está o meu coração. É quem eu sou. Não importa as circunstâncias, os bebês são bebês: Preciosos e belos, criados à imagem de Deus. Cada bebê vale a pena proteger, comemorar e amar.

Eu nunca imaginei quando eu peguei este pequeno romance do clube de livros que teria um efeito tão profundo sobre mim. Os personagens ganham vida, como fazem apenas nos melhores livros. A prosa é rica, transportando o leitor direto para Katy’s Ridge, Tennessee. As observações afiadas de Wildflower, o humor sofisticado, e a força do caráter fazem The Secret Sense of Wildflower (O Sentido Secreto de Wildflower) um prazer de se ler. A melhor surpresa de todas, porém, foi a inegável mensagem de afirmação da vida que é o núcleo da história.

BIO: Melanie Clark Metzbower é uma esposa, mãe e sobrevivente de Hiperemese Gravídica. Antes de sua filha nascer, ela era uma voluntária ativa do Maryland Pro-Life Alliance PAC. Em seus momentos livres, ela gosta de ler, escrever, cozinhar e viajar. Por o livro não somente ser um excelente romance mas por ilustrar a realidade de muitas mães que engravidaram no estupro (o sofrimentos, as contradições e a constatação que a criança é seu filho e é inocente), Melanie escreveu sobre ele para o Save The 1.

Publicado originalmente em Save The 1 (divisão de língua inglesa do Salve o 1%).

Tradução: Celene Carvalho