A constituição da Irlanda, que é pró-vida, tem recebido sistemáticos ataques da ONU para legalizar o aborto. No Brasil, o cenário é semelhante. A advogada Rebecca Kiessling, presidente da Salve o 1%, alega porque um país, por bem de seus cidadãos, não deve ceder a pressão do lobby abortista.
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Eu sou a presidente do Salve o 1%, uma organização pró-vida global formada por mais de 450 pessoas que foram concebidos em estupro (como eu), de mães que ficaram grávidas no estupro e que estão criando seus filhos, de mães biológicas [que deram à luz e entregaram para adoção] e de mães pós-abortivas. Além dessas, participam de nossa organização centenas de pessoas que foram aconselhadas a abortar devido a um diagnóstico pré-natal. Nós valorizamos a vida e clamamos a República da Irlanda a preservar a 8ª Emenda.
É si
mplesmente bárbaro punir uma criança inocente pelo crime de outra pessoa. Puna os estupradores, e não os bebês. Eu não merecia a pena de morte pelo crime do meu pai biológico. A minha própria mãe biológica tentou me matar em 2 abortos ilegais e era pró-escolha quando nos conhecemos há 28 anos, mas hoje estamos agradecidas de que ambas estivéssemos protegidas contra o horror do aborto, assim como as mulheres e crianças da Irlanda são protegidas hoje.
Legalizar o aborto por estupro ou outras exceções enviaria uma mensagem ao nosso grupo de pessoas que as nossas vidas valem menos do que a de outras pessoas. Imagine ter uma exceção em casos de bebês asiáticos, bebês judeus ou bebês canhotos. A mensagem enviada é que essas pessoas não são dignas de viver e não merecem ser protegidas como todo mundo. Haveria um clamor internacional se tal discriminação fosse mesmo proposta. No entanto, é assim para nós, e sentimos a picada desse ódio ou a apatia contra as nossas vidas. As mães sobreviventes de estupro se afligem em como os seus filhos são sistematicamente colocados na mira do aborto e desvalorizados, e as demais pessoas não acreditam que elas foram estupradas porque elas não abortaram e porque elas realmente amam os próprios filhos.
Agradecemos a preocupação com as vítimas de estupro, mas elas são 4 vezes mais propensas a morrer no ano seguinte se fazem um aborto, em vez de darem à luz. No livro do Dr. David Reardon, “Vítimas e Vencedores: Falando sobre suas gravidezes, abortos e crianças resultantes de agressão sexual”, ele cita a pesquisa feita sobre o assunto. Depois de um aborto, vítimas de estupro têm uma maior taxa de homicídios, suicídio, overdose de drogas, etc. Estupradores, pedófilos e traficantes de sexo adoram o aborto porque destrói as provas e lhes permite continuar a perpetrar. Muitas vezes, a própria mãe de uma menina é quem a trafica ou a deixa desprotegida. É sempre o bebê quem expõe o estupro, quem a livra da situação abusiva, protegendo-a e trazendo-a cura. Então se você se importa com as vítimas de estupro, você deve protegê-la do estuprador e do aborto, e não do bebê!
No que diz respeito a um diagnóstico de “incompatível com a vida”, é impossível ser isso enquanto você ainda está vivendo. São os médicos que defendem o aborto os que verdadeiramente têm um defeito cardíaco fatal, muitas vezes falhando em tratar os filhos dos pais que se recusam a abortar. Uma mentalidade eugenista que se torna perversa quando você permite o aborto.
A Irlanda é uma boa nação porque vocês estabeleceram uma cultura onde as pessoas são amadas e aceitas. Por favor, não introduzam uma cultura de morte e discriminação. Pedimos para que se preserve a 8ª Emenda.
BIO: Rebecca Kiessling é uma palestrante pró-vida internacional, blogueira e advogada. Ela também é a fundadora e presidente do Salve o 1%, co-fundadora da Hope After Rape Conception (Esperança Após Concepção de Estupro), e co-fundadora da Embryo Defense (Defesa do Embrião).
Publicado originalmente em Save The 1 (divisão de língua inglesa do Salve o 1%).
Tradução: Celene Carvalho
Salve o 1% 